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França enfrenta nova onda de covid impulsionada pelas sub-variantes da ômicron

Como muitos países europeus, a França está enfrentando uma nova onda da epidemia de Covid-19

Na França, a taxa de incidência de casos de Covid-19 aumentou de cerca de 180 por 100.000 habitantes, no final de maio, para 480 no atualmente — uma média de 40.000 casos por dia. O número de hospitalizações está começando a aumentar em nível nacional, mas não de forma homogênea em todos o país.

Por enquanto, esta nova onda de infecções não preocupa “ainda” o professor Frédéric Adnet, médico entrevistado pela RFI. Ele é chefe do departamento de emergência do hospital de Avicenne em Bobigny, perto da capital francesa, e diretor médico do serviço de emergência do Samu de Seine-St-Denis, na Grande Paris.

“Não estamos observando uma onda real da mesma magnitude, nem nos serviços de cuidados intensivos, nem nos departamentos de doenças infecciosas, nem no pronto-socorro. Então, tudo está acontecendo como acontece na população: o vírus está circulando, infectando as pessoas, mas esta nova onda da epidemia não tem nenhum critério de seriedade que ponha em risco — por enquanto — nossas estruturas hospitalares, que estão enfraquecidas pela falta de pessoal”, estimou.

Solicitação de uma segunda vacina de reforço

O principal impacto desta nova onda no serviço de emergência do Hospital Avicenne é que os médicos estão sendo contaminados. “Tenho um verdadeiro foco em meu departamento com vários médicos que estão doentes com sintomas que não são graves, como uma boa gripe, mas que os impedem de trabalhar. Este é um grande obstáculo para o bom funcionamento do departamento. Há escassez de enfermeiros e médicos. E, além disso, as poucas pessoas que nos restam estão ficando doentes. Portanto, estamos em uma situação difícil”, explica Adnet.

O governo francês convocou os idosos esta semana para receberem uma segunda vacina de reforço “o mais rápido possível”, no contexto de uma “recuperação moderada da epidemia”. Um quarto das pessoas elegíveis para a vacina recebeu seu segundo reforço contra o Covid-19, uma taxa “claramente insuficiente”, segundo as autoridades da França.


Fonte: RFI

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